Henrique Rocha “muito motivado” para a primeira final Challenger e “pronto” para vencer ex-top 20

Henrique Rocha apurou-se pela primeira vez para a final de singulares de um torneio Challenger e vai discutir, em Múrcia, o título mais importante da carreira. Do outro lado estará um adversário que já fez parte do top 20 mundial, mas nem ele, nem a ocasião intimidam o português de 19 anos — o segundo mais novo do país a participar numa decisão deste nível.

“Estou muito contente por estar na final. Tenho jogado a um nível muito bom durante a semana e sinto-me motivado e confiante”, começou por dizer ao Raquetc depois de assinar a quarta vitória da semana.

O triunfo deste sábado (6-3, 4-6 e 6-2 contra o espanhol Pablo Llamas Ruiz) foi o primeiro em que o tenista português deixou escapar um set, mas o balanço do frente-a-frente foi positivo: “Foi um set em que houve um break logo no início, ao 1-1, e num jogo em que até estive a ganhar por 40-15. Ele conseguiu ir buscar esse jogo, mas não foi um jogo em que tenha sido superior a mim e mesmo durante o set não foi muito superior. Simplesmente conseguiu aguentar-se bem com o serviço e isso fez a diferença, mas eu estava confiante para o terceiro set e sabia que estava melhor. Reagi muito bem no início do terceiro e a partir do 2-2 comecei a impor mais o meu jogo e a fazer o que queria.”

Para além de ter derrubado um jogador espanhol, Henrique Rocha bateu um tenista que joga interclubes pelo Real Murcia Club de Tenis 1919, o que fez com que houvesse “muita gente a apoiá-lo e a fazer barulho por ele”. No entanto, o jogador natural do Porto criou “empatia com as pessoas do clube ao longo da semana porque todos gostam muito de ténis e têm um espírito tenístico muito bom” e isso fê-lo sentir-se apoiado apesar das circunstâncias: “Os estádios estão sempre cheios desde o início do dia, a malta quer vir para o clube logo de manhã e só sai ao final do dia, o que também me faz sentir mais dentro do torneio e confortável. E apesar de o público estar mais por ele, como era óbvio, também senti o apoio de algumas pessoas.”

A viver a melhor semana da carreira — nunca tinha sequer chegado a umas meias-finais —, o jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis já sabe que sairá de Múrcia com o estatuto de número dois nacional e o melhor ranking da carreira (pelo menos 220.º, uma subida mínima de 28 posições), mas quer juntar a isso o título mais importante.

Quem o separa desse objetivo é nada mais, nada menos do que Nikoloz Basilashvili. O jogador natural da Geórgia já esteve no 16.º lugar do ranking, conta com cinco títulos no currículo e esta semana, como númrro 1086 mundial, furou o qualifying e apurou-se para a final com uma vitória sobre o primeiro cabeça de série, Albert Ramos-Vinolas.

“Ele já foi um excelentre jogador e ainda joga muito bom ténis. Tem uma carreira fantástica e será um prazer partilhar o court com ele, mas vou entrar muito focado naquilo que tenho vindo a fazer. Estou a jogar a um nível muito bom e se o mantiver pode cair para o meu lado. Eu sei que ele tem muita experiência, mas acho que estou com mais motivação e tenho mais raça para ganhar neste momento, portanto vou com tudo. É uma final e portanto é para ganhar, esteja quem estiver do outro lado da rede”, garantiu.

O encontro entre Henrique Rocha e Nikoloz Basilashvili está agendado para as 11h30 de Múrcia, 10h30 de Lisboa.

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