Com uma “inveja pequenina” da irmã, Francisca Jorge também somou feito especial

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS – Sexta-feira é o dia útil mais desejado para a maioria do povo. Fim de semana à porta, dia de dar as últimas para depois saborear o recarregar de baterias. Não é bem o caso das irmãs Jorge neste dia 19 de abril. Para Francisca Jorge e Matilde Jorge, esta sexta-feira significa a possibilidade de disputar pela primeira vez os quartos de final de uma prova do circuito WTA, e logo em casa e perante as principais favoritas ao título do Oeiras Ladies Open.

Um dia depois de ver a irmã mais nova somar a maior vitória da carreira (frente a uma top 100, Harriet Dart), Francisca Jorge seguiu o mesmo caminho e superou a mexicana Renata Zarazua, 101.ª do ranking feminino. Habituada a ser a líder familiar, a número um nacional desde 2018 sentiu-se inspirada pelo feito da irmã, que jogou até então sempre um dia mais cedo.

“Quando vi a notícia do Raquetc [2625 desde o último sucesso do ténis nacional feminino frente a uma top 100] pensei: ‘porque é que eu não ganhei à Ostapenko? Ia ser uma das melhores vitória de sempre”, contou entre sorrisos. “Há aquela inveja pequenina. Como é óbvio fiquei super contente por ela porque mereceu, jogou para ganhar e mereceu aquela vitória”.

A reflexão foi ainda mais longe. “Ela sendo a mais nova veio sempre atrás e às vezes leva por tabela por ser a irmã da Francisca, mas acho que já está a ganhar o seu nome e vai continuar a crescer. A verdade é que tem jogado muito bem e só vejo coisas boas para o futuro dela”. Satisfeita por ver a petiz familiar ultrapassar uma fase na qual as coisas “não estavam a correr tão bem”, a vimaranense de 23 anos deixa o repto: “Queremos ir as duas o mais longe possível e estamos muito contentes pela outra”.

O desafio de ambas para continuar o condo de fadas é o maior possível. As duas melhores portuguesas da atualidade vão medir forças contra as duas favoritas ao título. A Jorge mais nova contra Clara Tauson, numa série de sete tirunfos consecutivos no Jamor (87.ª, antiga 33.ª), ‘Kika’ contra Bernarda Pera, primeira cabeça de série devido ao 82.º posto que ostenta – já venceu dois troféus do circuito principal (tal como Tauson) e já pertenceu ao top 30 (27.ª).

“Não vi muito dela. Sei que é esquerdina. Ela viu o meu encontro e deve ter visto que sou uma lutadora. Estou a jogar em casa, as pessoas vão apoiar-me e vou desfrutar do ténis. Vou para cima dela”.

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