Francisco Cabral “super orgulhoso” com a vitória de Portugal sai do Mónaco “ainda mais confiante”

Anastasia Barbosa

MÓNACO Francisco Cabral contribuiu para o triunfo de Portugal no Mónaco e não escondeu a felicidade na hora de analisar o fim de semana da seleção nacional no Monte-Carlo Country Club, de onde sai “ainda mais confiante” do que quando chegou para dar continuidade a uma época que muito em breve o levará à América Latina.

“Estou super feliz e super orgulhoso pela luta que demos este fim de semana, acho que é um sentimento unânime. Sabíamos que ia ser uma eliminatória complicada e todos os encontros, à exceção do primeiro singular do Nuno, foram duríssimos. Este segundo dia em especial foi uma montanha russa de emoções”, contou ao Raquetc o especialista de pares português.

“O par foi durrísimo, mas foi um bom jogo. Sinceramente acho que fomos a melhor dupla durante a maior parte do encontro, mesmo no segundo set, que perdemos, acabámos por ter mais oportunidades do que eles, mas infelizmente houve um jogo de serviço em que conseguiram um break um bocadinho atípico e decisivo. No terceiro voltámos a estar muito por cima deles e o break point que tiveram ao 5-5 foi contra a corrente do que estava a ser o encontro, felizmente voltámos a subir o nível no jogo de resposta seguinte e conseguimos dar o segundo ponto da eliminatória à equipa”, detalhou Cabral já sobre a vitória ao lado de Nuno Borges, por 6-3, 3-6 e 7-5, contra os também especialistas de pares Hugo Nys e Romain Arneodo (respetivamengte 25.º e 75.º classificados no ranking da variante).

A vitóia deste domingo foi a terceira de Francisco Cabral em encontros da Taça Davis, mas a primeira em exatamente dois anos, só que o tenista português “nem sequer sabia ou tinha pensado em quando é que tinha ganho o último encontro”.

“Aqui penso única e exclusivamente na equipa, vimos cá como um só, portanto apoiamo-nos incondicionalmente nas vitórias e nas derrotas. Sinceramente não sabia mesmo que a minha última vitória tinha sido há dois anos, estava sim preocupado em ajudar Portugal, mas é claro que ganhar é sempre melhor e saio daqui com ainda mais confiança do que a que já trazia da Austrália. Está a ser um bom começo de ano e espero levar este momentum e esta confiança para os próximos torneios e se puder acrescentar mais algumas vitórias ainda melhor”, rematou.

Depois de começar 2025 na Nova Caledónia, viajar de lá para a Austrália e finalmente para o Mónaco, o próximo destino de Francisco Cabral será significativamente mais fácil de alcançar: o Challenger 125 de Lille, a “apenas” 1.200km — ainda que numa espécie de corrida contra o tempo, pois começou já este domingo.

O indiano Sriram Balaji (64.º) será o parceiro nesta “boa oportunidade de pontuar” que surgiu como plano B ao não entrar no ATP 500 de Dallas, onde tentou entrar como alternate, apesar de obrigar a uma rápida adaptação a indoor hard courts antes de voltar à terra batida já do outro lado do Oceano Atlântico: “Logo a seguir vou para a América do Sul e espero jogar o ATP 250 de Buenos Aires e os ATP 500 do Rio de Janeiro e de Acapulco, ou o ATP 250 de Santiago se não entrar no último.”

Aí, o parceiro já será Jean-Julien Rojer, tenista dos Países Baixos que aos 43 anos está no 52.º lugar de um ranking em que chegou a ser terceiro e que no currículo tem 37 títulos em 71 finais no circuito principal — com destaque para três em torneios do Grand Slam.

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