MÓNACO — Henrique Rocha foi a derradeira aposta de Rui Machado para o fim de semana no Mónaco e selou a (suada) vitória portuguesa ao derrotar Romain Arneodo por 7-5 e 7-5 no último encontro da eliminatória que assegurou a manutenção da seleção nacional no Grupo Mundial 1 da Taça Davis.
O número três nacional foi chamado para o lugar que inicialmente tinha sido atribuído a Jaime Faria e resistiu a um embate com características difíceis e contornos semi-dramáticos, recuperando de desvantagens de 2-5 em ambos os sets para, com cinco jogos consecutivos nos dois casos, superar o monegasco, 12 anos mais velho e sem rotinas nos singulares (competiu recentemente, mas apenas na Taça Davis, pois dedicou-se aos pares há vários anos).
Portugal e Mónaco entraram no último dia da eliminatória com um empate (1-1), mas a seleção portuguesa começou melhor a jornada decisiva ao vencer o par. No entanto, Nuno Borges desperdiçou a primeira oportunidade de selar a eliminatória e adiou para o quinto embate a decisão, que recaiu em Henrique Rocha.
Foi a terceira vez em que o portuense foi chamado a atuar e a terceira em que saiu vencedor, cinco meses depois de ter assinado, em Bekkestua contra Casper Ruud, a primeira vitória de um tenista português frente a adversários do top 10 na Taça Davis.
A vitória no Mónaco assegurou a manutenção de Portugal no Grupo Mundial 1 da Taça Davis. Em setembro, um ano após a derrota para a Noruega na mesma fase, a seleção nacional terá nova oportunidade de chegar às Davis Cup Qualifiers, que dão acesso à fase final da competição — o grande objetivo que o país tenta alcançar pela primeira vez na história.