OEIRAS — Matilde Jorge ficou a dois pontos de derrotar uma jogadora do top 100 mundial e assinar aquela que seria não só a melhor vitória da carreira, como a melhor do ténis feminino nos últimos sete anos, e foi rápida a colocar o desaire em perspetiva e a considerar o lado positivo da participação no Oeiras Ladies Open, no Jamor.
“No geral acho que tenho de estar contente com a minha prestação. Foi uma boa batalha, fiz um bom encontro e é um bom indicador para continuar a trabalhar e a acreditar em mim e que consigo chegar lá”, analisou a jovem vimaranense em conferência de imprensa, sobre o desaire por 3-6, 6-1 e 7-5 para Diane Parry (98.ª WTA), na véspera de celebrar o 18.º aniversário.
“No terceiro set estive por cima e a ganhar por 5-3 depois de dois jogos bastante duros que caíram para o meu lado, mas viu-se o porquê de ela estar no top 100 e de ser a excelente jogadora que é. Conseguiu manter-se e jogou muito bem, teve mérito”, considerou Matilde Jorge sobre os quatro jogos consecutivos que a francesa ganhou na reta final do duelo.
“Senti que estava a ganhar por 5-3, mas não senti que estava assim tão perto [da vitória]. Estava a dois pontos, mas no momento não me senti assim tão perto e acho que devia ter agarrado mais… Depois fui-me um bocado abaixo quando ela reduziu para 5-4 e os dois jogos seguintes foram muito rápidos. Ao 5-6 voltei a estar bem e consegui salvar aqueles match points [cinco], mas ela teve mérito e acabou o encontro com um serviço em que variou do kick habitual e aí está outro motivo que faz dela uma top 100, a variação”, lamentou a jovem portuguesa, que deu boa réplica naquela que foi a primeira participação da carreira em provas de 80.000 dólares.
Terminada a participação no Oeiras Ladies Open, Matilde Jorge aponta à participação no ITF de 25.000 dólares do CETO, a Magnesium-K Active Ladies Open, e depois um par de torneios da mesma categoria em Itália antes do regresso a Portugal.
