Nuno Borges: “No início do ano teria assinado um contrato em que jogava três quadros principais”

Pete Staples/US Open

Um, dois, três. Primeiro em Paris, depois em Londres e finalmente em Nova Iorque: Nuno Borges começou no qualifying e chegou ao quadro principal de singulares dos três torneios do Grand Slam que disputou em 2022 e que marcaram a primeira aventura da carreira a este nível, um feito que, disse ao Raquetc, o teria feito “assinar” logo no início do ano.

“Para ser sincero, ainda não sei muito bem o que dizer (risos). Todas as entradas em campo foram sentidas de maneira diferente”, revelou ao Raquetc depois de vencer o  italiano Francesco Maestrelli (202.º) num encontro que foi interrompido por duas vezes devido à chuva, com os parciais finais de 3-6, 7-6(4) e 7-6(8).

“Na primeira estava cheio de energia, na segunda vez já muito revoltado e na terceira um bocadinho anestesiado com a situação. Como estive tanto tempo com a cabeça no encontro, acho que passei por tudo um pouco, mas estou muito contente por ter saído por cima. Foi lutar até ao fim”, acrescentou, antes de afirmar que em situações como esta “manter as rotinas é muito importante, ter em conta o momento do jogo e entrar como se fosse a altura em que tínhamos parado, o mais quente possível e pronto para jogar logo.”

A vitória desta sexta-feira (já madrugada de sábado em Portugal) foi conseguida no tie-break até aos 10 pontos que desde este ano caracteriza os parciais decisivos em todos os torneios do Grand Slam. E o formato agrada ao maiato de 25 anos, que reconheceu ter mais margem: “Acaba por ser menos à base da sorte. Continua a ser um tie-break e às vezes mais vale atirar a moeda ao ar, mas aqui há mais jogo. Até aos sete às vezes nem é preciso mostrar muito, com dois ou três serviços ganhantes já estás a meio, mas aqui não é bem assim, tem-se mais margem.”

O US Open será o terceiro torneio do Grand Slam consecutivo em que Nuno Borges disputa o quadro principal de singulares. E se é verdade que em Wimbledon contou com a ajuda do sorteio de lucky losers, também o é que o tenista português não teria hesitado no início do ano: “Assinava logo um contrato a dizer que passava o qualifying nos três. Mesmo sendo lucky loser em Wimbledon, isso não me tira o mérito de ter ganho os dois primeiros encontros. Tem sido ótimo participar nestes três torneios do Grand Slam e é de louvar chegar aos quadros principais. Estou muito orgulhoso de toda a luta e esforço que tenho vindo a fazer.”

E agora… Ben Shelton. O prodígio norte-americano será o adversário do número dois nacional na primeira ronda do quadro principal.

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