Luca Van Assche (149.º) já se tinha apresentado ao mundo com a conquista do torneio júnior de Roland-Garros, em 2021, e encerrou a passada temporada com a ‘cereja no topo do bolo’, ao somar o primeiro título da carreira no circuito Challenger na sublime passagem pelo Complexo Municipal de Ténis da Maia. Este domingo, o jovem francês de apenas 18 anos voltou a distinguir-se e foi num dia com proporções históricas que reforçou o palmarés de conquistas no circuito secundário.
Com encontro marcado com Ugo Humbert (89.º) numa final do Challenger de Pau que prometia deleitar o público da casa, a jovem estrela do ténis gaulês não se deixou intimidar pelo estatuto de segundo cabeça de série do adversário e sorriu nos mais pequenos detalhes de uma titânica batalha com contornos impressionantes: só ao fim de três horas e 59 minutos ‘cortou a meta’ da maratona – depois de até ter salvado match points -, através dos parciais de 7-6 (5), 4-6 e 7-6 (6).
Foi nos mais ínfimos detalhes que Van Assche tomou o comando da partida no primeiro tie-break, mas Humbert pôs em marcha o plano de recuperação e uma quebra somada permitiu-lhe restaurar a igualdade. Dois outros breaks convertidos de forma consecutiva pareciam apontar o favorito à vitória final, mas quando menos se esperava o underdog encontrou aos forças necessárias para dar a ‘cambalhota’: duas quebras voltaram a balancear o cenário e mais tarde até dispôs de uma chance para fechar a contenda.
Incapaz de consumar o match point que teve nas mãos, Van Assche prolongou ainda mais um encontro que já ameaçava entrar para o livro dos recordes do circuito secundário. Negada a chance de ouro ao oponente, foi Humbert a ter a vitória à espreita no tira teimas: dispôs de dois pontos seguidos para conquistar o título, mas nenhum deles surtiu efeito. Logo depois, o mais jovem teve outra sorte ao encontrar-se com a prosperidade.
Três meses somados desde a primeira conquista da carreira no ATP Challenger Tour a ter acontecido no Maia Open, Luca Van Assche fortalece o estatuto de jovem promessa e o segundo troféu do palmarés eleva-o ao 110.º posto do ranking mundial – o seu novo melhor registo, às portas da estreia no top 100.
