“Finalmente a passar barreiras”, Faria prefere que Herbert “guarde o jogo bonito para próximo torneio”

Porto Open

PORTO – À quarta foi de vez para Jaime Faria. Cerca de três meses depois de superar o obstáculo da fase de qualificação no ATP Challenger Tour, o jovem de 19 anos venceu o primeiro duelo num quadro principal da categoria intermédia do ténis profissional masculino. O feito foi alcançado às custas de Hugo Grenier (143.º ATP), o que significou também o maior triunfo da carreira em termos de cotação do opositor.

“A primeira vitória é sempre especial e desta forma ainda mais. Fiz um jogo muito positivo do início ao fim. Passei por momentos difíceis, mas ultrapassei-os da melhor forma. Estou muito feliz também pela questão das barreiras: felizmente estou a conseguir passá-las, seja a pouco e pouco ou mais rápido. Passei mais um objetivo”, realçou no final em declarações ao jornalistas presente no Monte Aventino.

Sem dúvidas quanto “à maior vitória da curta carreira”, Jaime Faria quer “continuar a jogar a este nível e ganhar mais encontros destes”. Para tal foi necessário “combater o relaxamento” natural quando o rumo do duelo corre complemente a favor. “Tive de estar muito focado. Sinto que tenho nível para estes jogadores, mas preciso de estar muito focado e ter picos de concentração o tempo todo. Neste nível é necessário”.

A concentração a tempo inteiro, com ajuda de novo do serviço nos momentos mais críticos, valeu a eliminação do terceiro cabeça de série sem a cedência de qualquer jogo de serviço, anulando as sete oportunidades do francês.

Na segunda ronda, logo no encontro inaugural da jornada (às 12 horas no court Banco Carregosa), há “mais um francês para derrubar”, ou como quem diz Pierre-Hugues Herbert. Um antigo top 40 de singulares e ex-número um de pares, com um currículo de excelência. “Tem muito bom ténis e é dos poucos jogadores com ténis muito clássico hoje em dia. Faz muito serviço-rede, é muito agressivo, serve muito bem, a direita é reta e varia com esquerdas em slice. Em pisos é muito bom, o volley é de outro nível, dispensa apresentações”.

A missão agora será recolher dicas do treinador Rui Machado ou do amigo Nuno Borges para preparar o duelo. “É um encontro exigente e que precisa de uma tática bem definida. Vai ser mais uma experiência e espero estar ao nível, vou tentar estar o máximo focado para combater os momentos mais difíceis”.

Admirador das capacidades tenísiticas do próximo opositor – até o contemplou nesta terça-feira quando o viu a aquecer -, Jaime Faria sabe que vai “aprecisar alguns volleys”, mas ainda assim não hesita: “prefiro que os guarde para o próximo torneio”.

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